Formamos profissionais na condução de animais, bem acima da média. Não apenas jockeys como redeadores que se tornam pinhookes de sucesso na Europa. Conseguimos êxito nos mais distintos lugares do planeta. Da Argentina, a Inglaterra, De Hong Kong ao Canadá. Da Irlanda a Macau. Mas porque até agora não nos Estados Unidos?
Dois jockeys peruanos já se laurearam no Kentucky Derby. De outras nacionalidades também. Mas até aqui nenhum brasileiro. Qual será o motivo? Confesso que não tenho a resposta, mas a pergunta não sai de minha cabeça.
O Luan Machado, parece ser uma luz no fundo deste infinito túnel. Dettori com avançada idade, ainda apronta das suas e tem marcado significativa presença na California. Logo, acredito eu, que haja espaço suficiente para nadarmos de braçada. Mas fica no ar, um porque ainda sem resposta.
Formamos profissionais que brilham como agentes, jockeys, pinhookers e treinadores em centros mais desenvolvidos que o nosso. como explicar? A correlação que anseio fazer, tem muito haver. Nossos profissionais saem e conseguem êxito, no momento que as chances de uma maior participação no contexto seja trazida às suas vidas. Assim sendo, se uma melhor genética ao criador brasileiro for trazida, as chances de produzirmos cavalos ainda melhores, crescerá. Não é lógico assim se pensar?
Inspecionei nestes últimos dias, mais de 300 potros. Colocaria uma dúzia dos mesmos no mais alto patamar. Alguns irão evoluir e outros fracassar. Isto faz parte do jogo. Se de 12, sobressaírem na esfera clássica dois ou três, você terá pleno sucesso em sua empreitada.
No caso dos profissionais, um percentual ainda maior de acerto, já se faz presente. E isto com um turfe baleado como se encontra o de nosso pais. O que fazer?
Temos que melhorar nossa genética. Isto é um ponto pacifico. Outrossim, acredito que deveríamos também criar melhores condições de trabalho, aos profissionais que iniciam. Imaginem estes com mais base, saindo pelo mundo a demonstrar do que somos capazes. Tudo isto atrai a atenções para nosso turfe.
Não compreendo como os grandes conglomerados criatórios mundiais, não investem no Brasil, pois, já esta provado, que da América do Sul e mais precisamente do Brasil, ancoram os melhores profissionais e cavalos que pinta nos Estados Unidos.
Precisamos nos unir em torno de trazer garanhões de peso, como esta sendo feito no Chile. Deveríamos intensificar nosso marketing. Trazer gente importante, convidadas e custeadas pela ABCPCC, para nos visitar. Criar um intercâmbio maior. Enfim, criar laços que nos unissem ao primeiro mundo dos cavalos de corrida.
Os cavalos sediados no Paraná, dominam as carreiras de Cidade Jardim. Porque imaginar dar peso maior aos cavalos paranaenses de forma a auxiliar, o cavalo paulista? Ao melhor a punição? Isto não me agrada. Devem haver mais outras nuances possíveis, que possam agir positivamente a favor de uma equiparação de pesos.
Enfim, temos que equacionar estas lacunas, com criatividade e coragem de tentar melhorar nossas condições, pois profissionais e cavalos de corrida, já provaram fora de nossas fronteira que nada se deve ao coetâneo do hemisfério norte.